EM DEFESA DA MODA MINEIRA
- Frederico Aburachid

- 13 de mai. de 2017
- 2 min de leitura

O setor da moda compreende uma enorme cadeia produtiva no país. Dentre as suas características marcantes estão a pluralidade de atores, o respeito à diversidade, sua capacidade de promover inclusão social e difundir a nossa cultura.
Moda é negócio, mas também é cultura! Proporciona confiança no mercado e fomenta o turismo. Seus impactos são absorvidos positivamente por diversos outros segmentos e revelam sua importância para a geração de empregos e renda.
Quando o assunto é a defesa do primeiro emprego e melhores vagas de trabalho para a mão-de-obra feminina, o segmento está entre os primeiros na relação de oferta e procura. Algumas das justificativas são os baixos custos na aquisição de equipamentos, além do forte interesse pelo público feminino e juvenil.
Conforme dados obtidos junto ao Sindivest/MG e Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT), aproximadamente 1,5 milhão de empregos diretos e 8 milhões indiretos estão no setor. Isso significa cerca de 17% dos empregos formais no país. Em outras palavras, estamos falando do 2o maior empregador da indústria de transformação, representada por 32 mil empresas (formais) em todo o país.
Os números da cadeia têxtil e de confecções mostram que o setor sempre foi estratégico para o país, embora não tenha recebido o tratamento ideal de nossos Governos.
A cadeia têxtil e de confecções merecem tratamento diferenciado pelo poder público, tanto no que se refere às exigências burocráticas para a regularização de empreendimentos, como também na concessão de novas linhas de crédito e desoneração tributária.
A baixa arrecadação do setor dispensa todo o aparato fiscalizatório do Estado e, por outro lado, evidencia que sua verdadeira função social está na oferta de emprego, promoção da cultura e do turismo.
Apesar disso, assistimos o Governo Federal eliminar a sua desoneração sobre a folha de pagamento, muito embora a tenha mantido para o transporte rodoviário, metroviário e ferroviário de passageiros, construção civil, obras de infraestrutura e comunicação. Um verdadeiro contrassenso.
É por essas e outras que várias entidades em Minas Gerais estão unindo esforços em uma ampla “FRENTE EM DEFESA DA MODA”. Já foram iniciados os trabalhos com reuniões de coordenação e apoio com membros do Conselho de Assuntos Metropolitanos e Municipais da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), sindicatos filiados, entidades do comércio, serviços, associações de classe e outros.
Pretende-se resgatar a vocação de Minas Gerais, como um estado que respira inovação, criatividade e design, com foco no setor da moda. Belo Horizonte já é a capital simbólica da moda, definida por lei municipal desde 2012. É passada a hora de medidas concretas serem realizadas. Em tempos de crise e na era da informação, o mercado as exige com urgência. #decolacapitaldamoda #frentedamodamineira.
Aburachid, Frederico José Gervasio. Em defesa da moda mineira. Belo Horizonte, 2017.








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